Mais de 8 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes financeiros online em 2022
Pesquisa revelou que apenas 4 entre 10 vítimas de golpes foram atrás de seus direitos.
Sai ano, entra ano, os golpes financeiros por meio da tecnologia continuam acontecendo e crescendo, se tornando um problema comum na rotina dos brasileiros que devem tomar muito cuidado no manuseio de aplicativos.
De acordo com um novo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 8 milhões de pessoas foram vítimas de armadilhas on-line no último ano. Clonagem de cartão, empréstimo fraudulento e estranhos se passando por entes conhecidos são os crimes mais recorrentes.
De acordo com o coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, professor Guilherme Ramires Cavallari, é preciso ter atenção para perceber essas ações criminosas e agir rapidamente para evitar prejuízos.
“Apesar do investimento de instituições e empresas em segurança digital e até em campanhas para orientação a clientes, o que está na mira do criminoso é a desatenção do público. Por isso, é importante conhecer as modalidades de fraudes e a tendência de resultado das ações. Mesmo após o golpe, ainda continua baixo o número de pessoas que recorrem à Justiça para cuidar desses casos”, afirma o docente.
Segundo a pesquisa, apenas 4 entre 10 indivíduos lesados tentam reaver suas perdas.
Os golpistas fazem uma análise de seus alvos e utilizam fotos retiradas de redes sociais para criar perfis falsos e enganar familiares. Eles criam situações para pedir por transferências de dinheiro, Pix e, em alguns casos, pedidos de resgate.
O recomendado a indivíduos contatados é para que sempre desconfiem de solicitações atípicas, como para o pagamento de contas. “Mesmo em casos que aparentam ser urgentes, o ideal é fazer uma ligação por voz para verificar o caso”, aconselha Cavallari.
A vítima usurpada, assim que tomar ciência da ação, deve entrar em contato com amigos e familiares o mais rápido possível, para evitar novas tentativas do crime. É necessário trocar a senha de bancos, e-mails e de outros serviços importantes, assim como registrar boletim de ocorrência on-line ou em delegacia de polícia. O documento será preciso para reaver valores de cartões clonados, por exemplo. O apoio de um advogado pode ser importante durante esse processo.
Cartão clonado
Ao receber uma notificação de compra suspeita ou identificar transações indevidas na fatura ou no extrato bancário, é preciso entrar em contato com a instituição financeira e bloquear ou cancelar o cartão de forma imediata. Uma vez sinalizado, o banco é responsável por iniciar o processo de apuração e contestação, para devolução do dinheiro.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a vítima tem direito a receber o estorno do valor do prejuízo, quando comprovado que a compra foi feita por meio de uma fraude.
Para evitar esses casos, é aconselhado que usuário não compartilhe informações do seu cartão por mensagens, não clique em links vindos em conversas de aplicativos e SMS e tenha sempre o antivírus instalado no computador e no celular.
Fonte: Portal Contábeis - Com informações Anhanguera